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O fim dos “10 blue links”
Durante anos, o SEO foi um jogo de posicionamento. Quem dominava os famosos “10 blue links” do Google conquistava atenção, tráfego e relevância. A lógica era simples: aparecer na primeira página significava garantir cliques e, a partir daí, começar a construir relacionamento com o usuário.
Mas essa dinâmica está mudando de forma radical.
Com o Google AI Mode, a experiência de busca deixa de ser uma lista de resultados para se tornar uma resposta direta, completa e multimodal. A revolução não está mais no clique, mas na capacidade de entregar tudo o que o usuário precisa sem que ele sequer saia da página de busca.
E isso nos leva a uma provocação inevitável:
como as marcas podem existir em um mundo onde a pesquisa acontece sem clique?
O Google AI Mode representa a maior transformação na forma como buscamos informações desde o nascimento do próprio Google.
Em vez de apresentar apenas uma lista de links, o novo formato cria AI Overviews: respostas completas e contextualizadas, produzidas em tempo real a partir de múltiplas fontes confiáveis.
Por trás dessa experiência está a técnica chamada query fan-out, que desdobra a pergunta original em diversas variações, cruza os resultados e sintetiza tudo em uma resposta única.
O objetivo é simples: oferecer não só informação, mas compreensão imediata.
Outro diferencial é a multimodalidade. O AI Mode entende texto, voz e imagem — o que significa que o usuário pode fotografar um produto, descrever um sintoma por voz ou digitar uma dúvida complexa, e receber uma resposta direta, integrada e contextual.
Embora ainda em fase de expansão, o AI Mode já está disponível em mercados estratégicos como Estados Unidos, Reino Unido e Índia, e deve alcançar outros países nos próximos meses, segundo Logan Kilpatrick, gerente de produto do Google.
A transição para esse novo formato de busca não é especulação, está em andamento.
Por muito tempo, o Google foi sinônimo de links organizados em ordem de relevância. O usuário buscava, clicava e navegava em diferentes sites até encontrar a resposta. Agora, com o AI Mode, essa lógica se inverte: a informação chega sintetizada em tempo real, eliminando a necessidade do clique.
A mudança ganhou força quando Logan Kilpatrick, gerente de produto do Google, afirmou que o AI Mode se tornaria o “default” de busca “soon”. Essa palavra,“em breve”, acendeu um alerta no mercado. Afinal, quando o Google sinaliza uma transformação desse porte, não é questão de “se”, mas de “quando”.
E é justamente nesse ponto que mora a tensão: de um lado, vemos uma adoção acelerada em mais de 180 países, com usuários experimentando cada vez mais a busca via AI. Do outro, persiste a incerteza sobre o momento exato em que essa será a experiência padrão. O que já está claro é que a transição não é especulação, ela está em curso, e quem não se adaptar ficará invisível.
A chegada do Google AI Mode redefine completamente o jogo digital.
O que antes era uma disputa por espaço nos resultados de busca agora se torna uma batalha por presença dentro das próprias respostas da IA.
Estar presente nesse novo ambiente significa ser citado, explicado ou recomendado diretamente no momento em que o usuário busca uma informação crítica.
Para conquistar esse espaço, as marcas precisam repensar sua estratégia de conteúdo.
Formatos em estilo FAQ ganham protagonismo, pois aumentam as chances de a IA reconhecer perguntas comuns e extrair respostas diretas.
Além disso, clareza, consistência e credibilidade passam a ser diferenciais competitivos — princípios alinhados ao conceito de E-E-A-T (Experience, Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness), cada vez mais relevante para o Google.
Adaptar-se ao AI Mode não é apenas uma questão de SEO.
É uma questão de sobrevivência digital.
As marcas que se moverem primeiro conquistarão vantagem competitiva dentro das respostas geradas pela IA, enquanto outras ainda tentarão entender o impacto da mudança.
Abaixo, um roteiro prático para iniciar essa adaptação:
Antes de agir, é preciso medir.
Mapeie onde sua marca já aparece (ou não) nas respostas geradas por IA — ferramentas como Perplexity, ChatGPT Search e rastreadores de AI Overviews podem ajudar.
Esse diagnóstico revela lacunas e oportunidades.
Reestruture o conteúdo para que a IA possa entendê-lo, confiar e utilizá-lo.
Inclua:
O novo cenário exige novos KPIs.
Mais do que tráfego e cliques, é hora de acompanhar:
Ferramentas como o Search Console (AI Overview Insights, em beta) e plataformas de monitoramento de IA ajudarão a construir essa nova inteligência.
Toda grande mudança tecnológica separa pioneiros de retardatários, e com o AI Mode não será diferente.
Quem se preparar cedo conquistará visibilidade dentro das respostas, tornando-se referência imediata no ponto mais valioso da jornada de busca.
Essas marcas moldarão a percepção do usuário , não por meio de anúncios ou cliques, mas por autoridade contextual.
Quem ignorar a transição, por outro lado, pode se tornar invisível digitalmente.
A ausência dentro das respostas significa perder espaço para concorrentes mais ágeis — ou, pior, ser substituído por fontes menos confiáveis.
O futuro da busca já não é feito apenas de palavras-chave e links azuis.
Ele é conversacional, multimodal e orientado por inteligência artificial, capaz de compreender perguntas complexas, interpretar imagens e devolver respostas completas em segundos.
Isso não significa que o SEO tenha morrido.
Pelo contrário — ele evoluiu.
Agora, o foco não é apenas atrair cliques, mas garantir presença e relevância dentro das respostas da IA.
As marcas que compreenderem essa transformação primeiro terão a chance de liderar a nova era da descoberta digital — sendo não apenas mais visíveis, mas mais confiáveis e indispensáveis para seus públicos.
No fim, a pergunta permanece:
como a sua marca vai existir em um mundo onde a pesquisa acontece sem clique?
A era do clique está chegando ao fim. Com ela, o modelo tradicional de presença digital também se transforma.
Em um mundo onde a inteligência artificial entrega respostas completas dentro da própria página de busca, a visibilidade das marcas deixa de depender apenas de tráfego e passa a depender de inteligência, estrutura e contexto.
As empresas que compreenderem isso primeiro sairão na frente.
Elas não apenas aparecerão nas respostas da IA, mas serão parte delas, reconhecidas como fontes confiáveis, consistentes e estrategicamente posicionadas em cada nova interface de descoberta.
Não se trata mais de dominar o algoritmo, mas de construir relevância dentro de ecossistemas inteligentes, onde dados, conteúdo e automação se integram para gerar presença contínua.
Na follow55, acreditamos que o futuro da performance digital nasce da combinação entre estratégia humana e tecnologia inteligente.
Nós ajudamos marcas a entender, adaptar e crescer nesse novo cenário, onde a pesquisa acontece sem clique, mas a conexão com o usuário é mais importante do que nunca.
👉 Quer preparar sua marca para o Google AI Mode e o futuro da descoberta digital? Fale com a follow55
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