Auditoria de SEO técnico: passo a passo para diagnosticar e corrigir erros

SEO

16 de outubro de 2025
Escrito por:
Priscilla Jacovani
Co-Founder & Managing Partner
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Aprenda a fazer uma auditoria de SEO técnico de ponta a ponta e transforme o crescimento orgânico do seu site.

Uma auditoria de SEO técnico é o exame completo da saúde do seu site para garantir que o Google consiga rastrear, renderizar, indexar e classificar suas páginas com eficiência.

Sem essa base, até o melhor conteúdo perde força e oportunidades de tráfego orgânico ficam na mesa.

A seguir, você encontra um passo a passo prático (com checklists, exemplos e ferramentas) para conduzir sua auditoria, priorizar correções e medir resultados.

1. Preparação: defina escopo, metas e ambiente de teste

Determina um objetivo. Deixe claro o que você quer melhorar (ex.: indexação de categorias, Core Web Vitals de páginas de produto, redução de 404, etc.).

Checklist inicial:

  • Domínios/ambientes a incluir (www, sem www, HTTP/HTTPS, subdomínios, staging);
  • Perfil de sitemaps existentes (um único vs. por tipo: blog, produtos, categorias);
  • Acesso a Google Search Console, GA4 e servidor (logs);
  • Plano de priorização (impacto no negócio x esforço técnico).

Dica: trabalhe com uma planilha de auditoria (crie as colunas: Itens, Status, Responsável, Prazo, Impacto, Evidência/URL, Observações).

2. Rastreie o site (crawl) e monte o mapa de erros

Use Screaming Frog (ou Sitebulb/Deepcrawl) para simular o Googlebot. Rode um crawl completo e classifique achados por severidade.

O que observar:

  • Status codes: 2xx, 3xx, 4xx, 5xx;
  • Metadados: <title>, meta description, headings H1/H2;
  • Diretivas: noindex, nofollow, canônicas;
  • Profundidade de cliques (páginas >3 cliques da home exigem atenção);
  • Páginas órfãs (descobertas via GSC/Logs mas não linkadas internamente).

Esse primeiro raio-x revela rapidamente links quebrados, cadeias de redirecionamento, duplicidades e páginas invisíveis para o usuário (e para o Google).

3. Indexação e cobertura: confirme o que o Google consegue ver

Abra o relatório de “Indexação de páginas” no Search Console para verificar páginas válidas, com avisos, excluídas e erros. Use este relatório para validar o que de fato está entrando no índice, por que e em que volume (útil para grandes catálogos).

Ajustes frequentes:

  • Página com redirecionamento”: atualizar links internos para destino final;
  • Página alternativa com tag canônica apropriada”: checar se a canônica está correta;
  • Descoberta – atualmente não indexada”: falta de sinais/links internos ou baixa qualidade.

4. Robots.txt e diretrizes de indexação

Boas práticas:

  • Nunca use noindex no robots.txt (o Google não suporta essa diretiva desde 2019). Use meta noindex ou cabeçalho HTTP;
  • Bloqueie apenas o que não precisa ser rastreado (páginas internas, carrinho, parâmetros infinitos);
  • Evite bloquear recursos críticos (CSS/JS) que o Google precisa para renderizar a página corretamente.

5. Sitemaps XML: cobertura e “lastmod”

  • Envie e valide seus sitemaps no Search Console;
  • Separe por tipo (ex.: /sitemap-posts.xml, /sitemap-produtos.xml) para facilitar o monitoramento;
  • Mantenha lastmod atualizado para sinalizar mudanças. Use apenas URLs indexáveis (200/OK, canônica própria, sem noindex).

6. Canônicas e duplicidade (variações, parâmetros, HTTP/HTTPS)

Objetivo: consolidar sinais e evitar competição entre suas próprias páginas.

  • Aplique <link rel="canonical"> nas versões equivalentes (ex.: cor/tamanho do mesmo produto);
  • Remova páginas duplicadas oriundas de HTTP vs. HTTPS e www vs. sem www — com redirecionamento 301 e canônicas consistentes;
  • Revise parâmetros (ordenação, filtros); decida indexar apenas o que tem valor real.

7. Redirecionamentos e 404 (higiene de links)

  • Prefira 301 para mudanças permanentes; evite cadeias (A→B→C) e loops;
  • Substitua links internos que apontam para URLs redirecionadas;
  • Trate 404 críticos: redirecione para a melhor alternativa ou remova das malhas de links.

Por que? Soft 404, cadeias e loops desperdiçam crawl budget e deterioram a experiência do usuário, afetando também a avaliação do site.

8. Performance e Core Web Vitals (LCP, INP, CLS)

Use PageSpeed Insights/Lighthouse e o relatório de Core Web Vitals no Search Console para diagnosticar por template (home, categoria, produto, post).

Desde 2024, o INP substitui o FID como métrica de responsividade e o Google documenta LCP, INP e CLS como as métricas-chave atuais.

Ações práticas:

  • LCP: WebP/AVIF, pré-carregar imagem hero e fontes críticas, reduzir TTFB (CDN, cache);
  • INP: dividir JS (code-splitting), reduzir trabalho do main thread, adiar scripts não-críticos;
  • CLS: reservar espaço para imagens/iframes, evitar anúncios injetados sem dimensão, pré-carregar fontes.

9. JavaScript, renderização e SEO

O Google processa JS, mas há limitações e fila de renderização. A orientação atual é: dinamic rendering foi um workaround; prefira SSR, SSG ou hidratação para conteúdo essencial.

Checklist JS:

  • Conteúdo crítico presente no HTML inicial quando possível;
  • Evite bloquear renderização com bundles pesados;
  • Teste páginas JS no Lighthouse e em “Inspeção de URL” do GSC (visualize HTML renderizado).

10. Estrutura de headings, títulos e meta descriptions

  • 1 H1 por página, H2/H3 em hierarquia lógica;
  • Títulos únicos, claros e alinhados à intenção de busca;
  • Meta descriptions persuasivas (impactam CTR, não ranking direto), sem duplicatas.

Use o crawler para encontrar ausentes, duplicadas ou muito longas e padronize por template.

11. Dados estruturados (Schema.org)

Implemente marcações adequadas (Article, Product, FAQ, Organization, Breadcrumb). Valide com Rich Results Test.

Snippets ricos elevam visibilidade e CTR, sinalizam contexto e reduzem ambiguidades para o Google.

12. Linkagem interna e profundidade

  • Trate páginas órfãs e crie malhas temáticas (pilar → satélites);
  • Mantenha profundidade ≤3 cliques para páginas estratégicas;
  • Use breadcrumbs e módulos “relacionados” para distribuir autoridade e facilitar navegação.

13. Paginação e listagens

O Google não usa mais rel="prev/next" como sinal de indexação (desde 2019). Foque em UX sólida, títulos únicos por página, canônicas consistentes e links claros entre páginas da série.

Para páginas muito longas, avalie “ver tudo” com performance otimizada.

14. Internacionalização e hreflang (quando aplicável)

Se você trabalha com múltiplos idiomas/regiões, implemente hreflang em todas as versões canônicas, evite cadeias, e mantenha reciprocidade (A aponta B e B aponta A).

15. Segurança, HTTPS e integridade

  • HTTPS em todo o site, redirecionamento 301 de HTTP→HTTPS, assets carregados de forma segura;
  • Cabeçalhos de segurança (HSTS, X-Content-Type-Options, CSP) e política de cookies clara.

HTTPS é requisito de confiança e componente técnico para SEO moderno.

16. Acessibilidade e mobile-first

  • Teste o site em dispositivos reais; corrija tap targets, contraste e fontes;
  • Evite intersticiais intrusivos em mobile;
  • Lembre-se: a indexação é mobile-first; se está ruim no celular, está ruim para o Google.

17. Logs do servidor e crawl budget (nível avançado)

Analise logs do servidor para entender como o Googlebot navega: frequência, códigos de resposta e áreas ignoradas.

Cruze com o relatório de indexação e ajuste regras para economizar budget onde não há valor.

18. Conteúdo fino, duplicado e qualidade

  • Consolide páginas muito semelhantes (canônica, redirecionamento ou fusão de conteúdo);
  • Remova ou noindex páginas de baixo valor (tags, filtros sem demanda);
  • Melhore E-E-A-T (experiência, expertise, autoridade e confiança) com sinais on-page claros (autoria, fontes, políticas, contatos).

19. Priorize: impacto x esforço

Depois da varredura, priorize:

  1. Bloqueadores de indexação (robots, noindex, 5xx);
  2. Crawl/Index (sitemap, duplicidade, 404, 301);
  3. Core Web Vitals (LCP/INP/CLS);
  4. JS crítico (SSR/SSG/hidratação);
  5. Dados estruturados e linkagem interna.

20. Plano de ação, implementação e QA

Converta achados em tickets (com evidências e critérios de aceite). Faça QA técnico em staging e valide em produção:

  • Inspeção de URL no GSC.;
  • Novos crawls segmentados;
  • Re-execução de Lighthouse e PageSpeed por template.

21. Medição, relatórios e ciclo contínuo

  • Leading indicators: erros no GSC caindo, aumento de URLs válidas, melhores CWV;
  • Lagging indicators: cliques, impressão, posições, sessões orgânicas e conversões;
  • Crie um cadence (semanal/mensal) de revisão e uma auditoria semestral completa.

Armadilhas comuns (e como evitar)

  • Confiar em noindex no robots.txt: não funciona; use meta noindex.
  • Paginação antiga: depender de rel=prev/next; foque em UX, títulos únicos e linkagem clara.
  • JS crítico apenas client-side: conteúdo some para o Google; use SSR/SSG/hidratação.
  • Sitemap com URLs não indexáveis: limpa isso antes (301, canônicas corretas).
  • Crawl budget desperdiçado: filtros infinitos, cadeias de 301, 404 antigos.

Ferramentas recomendadas (por etapa)

  • Rastreamento: Screaming Frog / Sitebulb / Deepcrawl.
  • Indexação: Google Search Console (Relatório de Indexação de Páginas).
  • Core Web Vitals: PageSpeed Insights, Lighthouse, CrUX.
  • Logs: Screaming Frog Log Analyzer / Splunk.
  • Performance: WebPageTest, GTmetrix.
  • JS/Render: Lighthouse + docs de JS SEO do Google.

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Uma auditoria de SEO técnico bem executada elimina gargalos invisíveis, melhora a experiência, acelera o rastreamento e amplia a cobertura de indexação.

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Sobre o autor:
Priscilla Jacovani
Co-Founder & Managing Partner
Estrategista com visão de produto, tecnologia e negócios, lidera operações e posicionamento da follow55 com foco em crescimento, resultados e inovação.

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